Lindo, emocionante, triste e encantador. Esse é um livro que
te faz descobrir que alguns infinitos podem ser maiores do que outros e que nós
escolhemos como vamos viver a nossa vida, por mais que encontremos muitos obstáculos
e tristezas em nosso caminho. Uma lição de vida e de amor para o leitor levar
para sempre.
Hazel Grace tem apenas 16 anos, mas está morrendo. Ela sofre
de câncer, e é considerada uma paciente terminal. Os médicos só podem aliviar
seu sofrimento e tentar estender sua vida por algum tempo, porém todos sabem,
inclusive Hazel, que sua morte é inevitável.
Em uma visita a um grupo de apoio, que ela frequenta muito
mais para agradar sua mãe do que por vontade própria, ela conhece o intimidador
Augustus Waters, um garoto que vira sua vida de ponta cabeça. Ele lhe mostra um
mundo que ela não conhecia, e preenche um pedaço do seu coração que ela nem
cogitasse que existisse.
Hazel nunca havia sentido tanta vontade de continuar
vivendo, mas ao mesmo tempo não queria que Augustus fosse mais uma vítima da
granada que ela seria quando morresse, mas a vida sempre pode nos pregar peças,
e a de Hazel foi muito pior do que ela teria imaginado.
Alguns infinitos são bem menores do que outros, e em “A
Culpa é das Estrelas” aprendemos que não importa quantos zeros você tenha pela
frente, o que importa é que eles sejam bem vividos e de preferência do lado de
alguém que faça valer a pena.
É incrível ver a força de Hazel, talvez por compreender sua própria
doença, estar até o fim ao lado de Augustus, falando de histórias de amor ou de
matemática, viajando para conhecer autores decepcionantes ou ao ficar ao lado
de um doente em estado terminal, tudo o que ela sente é gratidão, pelo o
pequeno infinito que ambos compartilharam. O que é bem maior do que a gratidão
que muitos de nós sentimos pelos nossos próprios infinitos, bem maiores e muito
mais agraciados do que de Hazel e Augustus.
Esse é um dos livros mais tristes, mas ao mesmo tempos, mais
emocionantes que já tive o prazer de ler, e nós podemos tirar grandes lições
dele. “Não dá pra escolher se você vai ou não se ferir nesse mundo (...) mas é
possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que
Hazel aceite as dela”.
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