Meu Namorado é um Zumbi

É sempre interessante assistir filmes que quebram certos paradigmas, de como determinados personagens devem ser ou se comportar. Em todos os filmes de zumbis que eu já tive a oportunidade de assistir, eles sempre são os vilões, criaturas malignas que tem como único objetivo de vida se alimentar, e o seu alimento favorito não seria outro senão os humanos.

Agora, imagine um filme em que o protagonista é um zumbi, e que o ponto de vista da narrativa é dele. Seus pensamentos são muitos mais complexos do que ele consegue expor através de seus grunhidos e sua fome, seu extinto básico de qualquer zumbi, é real, mas também é o ponto de partida para que ele se torne algo mais, ou talvez a oportunidade para que ele seja mais humano.

Em “Meu Namorado é um Zumbi”, ao se alimentar do cérebro de um humano, os mortos-vivos, conseguem acessar as memórias daquelas pessoas, podendo assim, por alguns instantes, terem uma ilusão de estarem vivendo aquele momento. O zumbi protagonista da estória, conhecido como “R”, ao se alimentar do cérebro de um garoto, acaba acessando os sentimentos que o mesmo tinha por sua namorada, Julie, o qual ele passa a proteger com todos os seus recursos e, todos aqueles sentimentos aflorando em um coração que há muito tempo não batia, podem ser o estopim necessário para provar que os zumbis podem voltar a sua forma original, se eles se lembrarem o que é o amor.

“Meu Namorado é um Zumbi” é um filme totalmente voltado para a comédia e romance. Apesar dos protagonista serem mortos vivos que se alimentam de humanos, o gênero terror, não passa nem perto de todas as risadas e cenas românticas que estão presentes nesse filme.

Zumbis acabam sendo um tema bem repetitivo em vários filmes, sendo representados da mesma forma, com as mesmas ações, então, é super legal encontrar nesse filme uma perspectiva completamente diferente, o que nos leva a um final nem um pouco típico de filmes de zumbis. Muito mais satisfatório para quem se envolve mais com filmes românticos do que com narrativas aterrorizantes. Eu particularmente gosto muito mais desse desfecho.