Coluna | Considerações sobre o fim de Convergente

| 28 março 2014 |
Atenção: Essa é uma coluna apenas para quem leu o livro.
Se você não leu a série Divergente até o fim e não quer saber o que acontece NÃO leia essa coluna.

Acho que não é possível terminar de ler o livro "Convergente" sem sentir uma mistura de sensações. Particularmente, fechei a última página sem saber que tinha amado ou odiado o livro, ou a forma como ele terminou para ser mais precisa.

Como eu citei na resenha (Clique aqui para ler a resenha), há uma enorme diferença entre um livro bom e ruim e você amar e odiar um livro. Creio que bons autores consigam com que seus leitores sintam fortes emoções ao lerem seus livros e Verônica Roth fez esse feito com louvor. Não há quem não tenha ficado chocado, surpreso, estarrecido, magoado, frustrado, ou apaixonado com o desfecho da trilogia. Pode não ter sido a mesma sensação, mas alguma forte emoção cada leitor sentiu.

Como citado na resenha, amei todas as explicações do livro, a parte política e genética, mas, nessa coluna em particular, quero falar sobre o destino da protagonista e a sensação com a qual eu fiquei após esse desfecho.

Eu li muitas pessoas dizendo o quanto a morte da Tris foi corajosa e que ela morreu com bravura. Certo, não discordo desse ponto de vista, porém, o que eu vi quando li o livro foi uma mulher, com um treinamento que só alguém da audácia teria, que já havia passado por muitos desafios, combatido pessoas altamente treinadas armadas e passado quase ilesa por todos eles, e que terminou sendo morta por um homem sem nenhum treinamento em uma cadeira de rodas.

Tudo bem, ele estava armado, porém, quantas pessoas armadas Tris já havia enfrentado anteriormente, pessoas muito mais bem treinadas? Eu não aceitei bem a morte da protagonista, nem tanto pelo fato dela morrer, mas pela forma como aconteceu. Eu não acredito que a Tris que nós conhecemos, até aquelas páginas, teria levado vários tiros e morrido naquela situação, sem tentar se defender em primeiro lugar.

Outra questão que não me faz aceitar a morte da protagonista é que, se formos analisar a história política criada pela autora, vamos perceber que o seu sacrifício foi apenas temporário, ou seja, em vão.

Onde eles estavam, era apenas um pequeno complexo de todo um sistema governamental, com muitos outros superiores que desejavam encontram a verdadeira "pureza genética" e que, por muitas vezes, desejavam encerrar todos os experimentos. Será que essas pessoas, um dia, não irão perceber que alguns experimentos não estão sendo devidamente controlados? Que as pessoas podem sair ao seu bel prazer e que todos conhecem a verdade sobre a razão de estarem ali?

O que pode acontecer quando esse dia chegar? Talvez outras pessoas tomem o controle do complexo que deveria estar cuidando do experimento de Chicago e que agora, “incompreensivelmente”, acredita que todos são geneticamente iguais. Eles podem usar o soro da memória e o experimento voltaria a ser como sempre foi, mas agora, não teremos mais nossa protagonista, quase totalmente imune aos soros, para salvar o dia.

Será que a morte de Tris foi puramente em vão?

Conte-nos o que você achou do final da série Divergente nos comentários, principalmente sobre a morte da protagonista. Queremos saber a sua opinião :D

12 comentários:

  1. Eu fiquei frustada, magoada e triste com a morte da Tris, acho que ela nem devia morrer,e que o final do livro ficaria melhor sem a morte dela, mas enfim. Concordo com a parte que você fala '' ele estava armado, porém, quantas pessoas armadas Tris já havia enfrentado anteriormente, pessoas muito mais bem treinadas? Eu não aceitei bem a morte da protagonista...'' mas acho que, mesmo ela sendo imune ao soro da morte ela tava meio zonza, tonta, ela não estava sem por centro ela mesmo. Também não aceito a morte dela, mas fazer o que né, quantos finais de livro eu quis mudar kk enfim, continuo amando a série divergente, mas poderia amar mais se a Tris não tivesse morrido.

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    1. Depois de tudo o que ela passou, esperava que ela tivesse um pouquinho de felicidade, né? Ou ao menos, na minha opinião, que a morte fosse realmente algo grande e necessário, e não foi assim que aconteceu. :D

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  2. Até hoje não consegui decidir o que achei do final do livro, eu só sei que esperava mais. Não sei exatamente o que a mais, mas foi esse o sentimento que ficou. Sobre a morte da Tris, eu nunca gostei muito dela e mesmo assim a morte me abalou pq achei muita coragem da autora matar a personagem principal do livro, e também acho que não teve muita necessidade disso. Enfim, achei Divergente e Insurgente muito bons, e Convergente não chegou perto de nenhum dos anteriores. O única lado bom disso tudo é que com esse desfecho Jogos Vorazes continua sendo minha distopia favorita hahaha

    Adorei esse post! É ótimo para pessoas como eu que estão se sentindo confusas!

    Beijos
    Débora - Clube das 6
    http://www.clubedas6.com.br

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    1. A morte da Tris nos incomoda mais, eu acredito, pelo fato de como ela morreu do que da morte em si, não acha? Queria ter ficado emocionada com uma morte que eu sentisse que foi necessária, do que frustrada de como aconteceu. Obrigada pelo seu comentário :D

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  3. Você pôs em palavras tudo o que eu senti. A morte da Tris deveria ter sido uma coisa mais épica, para dizer o mínimo, não com uma bala sendo atirada pelo ridículo do David (pior personagem que apareceu na série, prefiro até o Peter à ele). E toda a complexidade do que o futuro poderia reservar sem a Tris lá para salvar o mundo me deixou frustrada. Mas deixando a morte da Tris de lado, eu gostei de toda a explicação à respeito do sistema político e a parte genética, que explicou muito bem o que é a divergência etc (apesar de eu não acreditar em GD's ou GP's). Enfim, foi um livro um pouco contraditório para mim. Ótimo post, beijos.

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    1. Eu também amei as explicações da autora sobre o mundo que ela criou, porém, o destino da protagonista deixou a desejar, depois de tudo o que ela passou. Beijos!!!

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  4. vale lembrar, que esses tipos de livro (distopicos), sao assim. " a carga e toda sobrecarregada em uma pessoa(jovem) que deve salvar o mundo.o livro inteiro e melancolico. mesmo assim, achei que deixou a desejar. realmente, pra que a tris tinha que morrer ? eu me emocionei bastante nos dialogos dela e de tobias. principalmente quando ele justifica a morte dela. "imagino que uma chama que queime com tanta intensidade nao seja feita para durar." E as minhas emoçoes, de leitora, estao presas dentro do livro ate hoje ! :'(

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    1. Eu acho que não teria ficado tão chateada com o final se a morte dela tivesse realmente me convencido de que aquilo era necessário. Acho que nunca vou me conformar com a forma como aconteceu.

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  5. Estou frustada e indignada pela morte da Tris. Ela lutou tanto, perdeu tanto e sonhou tanto para no fim ela não viver. Amei a saga, só achei a morte da personagem, desnecessária.

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  6. Com muito atraso li o livro. Na verdade me interessei porque vi o primeiro livro e ontem acabei Convergente. Sinceramente, pra mim a autora matou a trilogia ali. Também gostei das explicações, fiquei chocada com o segredo do segundo livro, de verdade. Mas senti impotente diante da morte da principal. Não foi merecida, não foi uma morte daquelas que te faz aceitar, porque você aceita quando não há outra forma. E o pior, a história segue por muitas páginas ainda. Fiquei esperando ela acordar e dizerem que ela ia sobreviver, me passou uma sensação horrorosa de que pouco importava a morte dela, que como vc disse, foi em vão. De todos os finais possíveis, a autora optou pelo pior. Me arrependi de ter lido. Era melhor ter parado no 2 e nas explicações do 3. Ridículo. Pela primeira vez vou torcer por um fim diferente em um filme, apesar de q será muito difícil a autora concordar com isso. Estou decepcionada.

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    1. Concordo plenamente com você. Espero realmente que eles justifiquem de forma mais aceitável a morte dela no filme :(

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