Fragmenta-me

O ponto Ômega está prestes a entrar em guerra contra o Restabelecimento. Adam está preocupado com Kenji que acabou de se ferir por conta dos poderes de Juliette, por ela mesma estar prestes a também entrar nessa guerra e por Warner ter escapado, além do fato de ter de deixar o seu irmão para trás. Nesse conto temos uma narrativa bem interessante do final de "Liberta-me" do ponto de vista de Adam.

Os pensamentos e sentimentos de Adam não são nem próximos a complexidade do conto narrado do ponto de vista de Warner, porém, conseguem ser tão surpreendentes quanto. Em qualquer momento eu esperaria muito mais paixão e desespero quando se trata de Juliette, porém, foi maravilhoso saber que no fundo, a única e primeira pessoa pela qual ele sempre se importaria era seu irmão James.

A relação entre Adam e James se torna muito mais profunda através dos pensamentos de Adam. Ele o considera realmente como um filho e seu bem estar sempre está acima de qualquer coisa, mesmo em um momento em que James está completamente seguro e Juliette corre um grave perigo, ele não consegue abandoná-lo facilmente.

Além disso, foi muito gratificante ver um pouco mais dos sentimentos de Kenji em relação a Juliette. Não que eu acredite que o que ele sentia por ela fosse mais que amizade, porém, todo o carinho e desespero que ele demonstra em relação a ela, quando Juliette não está presente, prova o quanto ele se importa com sua amiga e o quanto ele realmente faria o que estivesse ao seu alcance para protegê-la.

Ler "Fragmenta-me", após o último livro da série, só me faz pensar que, de acordo com os sentimentos de cada um dos três envolvidos, Juliette, Warner e Adam, o final de "Incendeia-me" foi perfeito. Todos eles puderam seguir em frente de forma harmônica e, quem sabe, em um futuro próximo, eles sejam realmente todos felizes. Isso só me faz ter mais vontade de que exista uma continuação, para que nós pudéssemos ler como eles se saíram. Mas as esperanças de Juliette nunca acabaram, as minhas também não.