A Síndrome da Namorada Má

| 22 abril 2015 |
Terminei de ler, recentemente, o livro “Sonhei Que Amava Você”, da autora Tammy Luciano (aliás, um livro super fofo), porém, me deparei com uma personagem um tanto comum em triângulos amorosos, infelizmente já um tanto clichê em certos romances: a namorada, ou ex-namorada má.

É comum encontrarmos em livros de romance um triângulo amoroso formado pelos protagonistas e uma namorada, ou ex, totalmente megera, aquele tipo de personagem que os leitores odeiam, e morrem de felicidade quando ela se dá bem mal no final da narrativa.

Temos vários livros onde esse artifício foi usado. “Sonhei Que Amava Você” e “Simplesmente Ana” são dois exemplos que empregaram bem esses personagens, porém, será que esse tipo de personagem já não está um pouco ultrapassado?

É muito mais fácil para o leitor torcer por um casal quando um dos elementos do triângulo amoroso foi feito para ser odiado. E, talvez, seja mais fácil para um escritor prosseguir com a sua história, e satisfazer os leitores quando, desde o princípio, nós já temos a certeza de como irá terminar, portanto, não iremos nos decepcionar com o final. Isso pode ser interessante, mas não acredito que esse ponto em particular crie uma história marcante.

Não me entendam mal, amo os livros citados acima e muitos outros que usam essa solução para criar certo drama no romance dos protagonistas, mas, eles não se tornaram marcantes para mim, pessoalmente, pela inserção ou uso desse tipo de personagem, mas por todo o resto que foi escrito. Acredito até que se esse conflito fosse trocado por algo que realmente nos surpreendesse, tornaria cada uma dessas histórias mais interessantes.

Um exemplo que eu gosto muito de citar quando falo desse assunto são Doramas. Quem nos acompanha aqui no Blog sabe o quanto nós somos apaixonadas por novelas orientais e se tem algo que eles amam são os triângulos amorosos, porém, de uma forma completamente diferente. Claro que tem aqueles personagens horríveis, que nós odiamos desde a primeira aparição, mas a maior parte desses conflitos são entre três pessoas maravilhosas, que tem seus defeitos, suas qualidades e que amam de todo o coração, sem interesses, e é nesse ponto que o conflito fica interessante. Quando você adora os três personagens, quando não sabe para quem torcer, lógico que aqui eu não estou falando sobre Tessa, Will e Jem, por exemplo, que são um caso completamente diferente, estou falando de nunca consegui agradar a todos que estão assistindo, de terminar um dorama com metade das pessoas amando e a outra metade querendo matar quem resolveu que aquele seria um desfecho perfeito. Criar esse conflito, não só apenas entre os personagens, mas, também para quem está assistindo, é algo realmente fantástico.

O que vocês acham sobre isso?
Conseguem lembrar de outros exemplos de namoradas más?
Deixe aqui a sua opinião :D 

2 comentários:

  1. Gostei da coluna. Aborda temos bem criativos e geralmente quase todas as obras tem namoradas ou ex más.
    email: fernandaleitora@gmail.com
    Facebook: Fernanda Avellar

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