Shadowhunters

Clary Fray é uma jovem aparentemente normal, porém sua vida muda completamente no seu aniversário de 18 anos. Um mundo repleto de histórias, que não passavam de mitos, surge a sua frente, sua mãe desaparece e ela parece pertencer a todo esse mundo sobrenatural e, por isso, corre grave perigo.

Como eu citei na minha coluna da última semana, fui assistir ao primeiro episódio da série “Shadowhuntes” com o coração e a mente abertos, por isso simplesmente amei essa forma de retratar esse mundo que tanto amamos, o mundo dos Caçadores de Sombras.

Todos sabemos que adaptações mudam muito o que acontece nos livros originais. Se tratando de séries, qualquer um imaginaria que, pelo tempo disponível, seria possível colocar cada linha do livro na série, mas sabemos que não é exatamente isso o que acontece. Séries conseguem ser menos fiéis as suas histórias originais do que filmes, portanto, comecei a ver a série esperando encontrar ali os mesmos desafios, a mesma busca que é tratada no livro e os mesmos personagens, cada um com as características que nós tanto aprendemos a amar.

Os personagens, na minha opinião, estão perfeitos. O meu personagem favorito, o que mais me preocupava desde o princípio, superou todas as minhas expectativas. Dominic Sherwood consegue trazer toda a autoconfiança, a força e a malícia de Jace. Por mais que eu também tenha gostado da interpretação de Jamie Campbell Bower no filme, seu físico não era o que eu esperava de alguém que havia treinado a vida inteira para lutar contra demônios. Dominic é perfeito em aparência e captou a essência do personagem perfeitamente.

Katherine McNamara também foi fantástica como Clary. Me emocionei muito mais com a sua interpretação pela “perda” de sua mãe do que no filme. Acho que ela tem um jeito mais doce e inocente que faz a personagem ser mais cativante. Simon e Magnus estão fantásticos, como eu já imaginava pelos trailers e cenas liberadas. A Isabelle me surpreendeu muito. Eu não achei que fosse gostar tanto da interpretação de Emeraude Toubia. Ela trouxe a vida o que eu imaginava da personagem, toda a confiança que ela possui nos livros. Eu ainda não cheguei a uma conclusão sobre o Alec. Vamos aguardar os próximos episódios.

Os acontecimentos em si, apesar de termos alguns fatos bem diferentes, como o Luke ser um policial, ou a cronologia do que acontece não estar exatamente igual aos livros, acho que a essência do mundo criado por Cassandra Clare está presente e isso é o que importa.

Quem for assistir “Shadowhunters”, esperando encontrar cada linha dos livros, vai detestar a série. Quem assistir “Shadowhunters”, como eu, esperando encontrar a essência e os personagens maravilhosos dessa série, tenho certeza que vai terminar o primeiro episódio gritando de emoção e querendo enlouquecidamente os próximos capítulos.

Lembrando que teremos apenas um por semana. Que Raziel nos ajude.