Atenção: Essa coluna tem spoilers do final de “Convergente”
(livro e filme). Se você ainda não leu o livro e não viu o filme, e não quer
saber de nenhum detalhe sobre o final, aconselhamos que não leia o texto a
seguir.
Se você conferiu a nossa Coluna da última semana, sabe o
quanto eu estava ansiosa para assistir “A Série Divergente: Convergente” nos
cinemas e o quanto eu queria que esse filme fosse diferente do livro.
Depois de assistir “Insurgente”, que é um filme nada fiel ao
livro, eu tinha muitas esperanças de encontrar um filme que realmente me
agradasse, e não poderia ter saído do cinema mais feliz.
No livro “Convergente”, eu fiquei realmente muito
decepcionada com as cenas narradas pelo Tobias. A autora conseguiu destruir
muito do que nos fazia amar aquele personagem. Aquele homem forte, decidido,
que parecia poder fazer qualquer coisa, chega a ser quase alguém enlouquecido
pelo seu passado. O quanto ele sofre e remói a cada dia tudo o que aconteceu
não remete ao personagem que nós conhecemos nos dois primeiros livros. Foi um
alívio encontrar no filme o mesmo personagem apaixonante, interpretado por Theo
James. Em momento algum ele mudou a sua personalidade ou perdeu a sua força.
Esse foi o primeiro ponto alto do filme.
Por mais que as explicações sobre pessoas geneticamente
puras e geneticamente danificadas sejam muito interessantes, elas se estendem
por tempo demais no livro. Enquanto nos dois primeiros temos muito mais ação, o
terceiro se concentra muito mais em fazer o leitor entender o motivo de todo
aquele experimento. O filme explicou o que era absolutamente necessário e
partiu logo para a ação, o que, para nos prender diante da tela, foi essencial.
Apesar dos itens anteriores, o fato que mais me marcou,
decepcionou e me deixou chateada com o fim do livro foi a forma sem importância
e desnecessária que a protagonista morreu. Não posso negar que dei um pulo da
cadeira de felicidade quando o filme terminou e ela estava viva. Não que ela
ainda não possa morrer no próximo, mas eu acredito que no filme ela terá uma
morte realmente digna da personagem, épica e será realmente com um propósito.
Com todos os acontecimentos narrados no livro, a morte dela
foi completamente em vão, agora, se eles souberem realmente construir um
roteiro para “Ascendente”, onde ela se sacrifique para que os habitantes de
Chicago possam realmente deixarem de ser experimentos, não estarem mais à mercê
de ninguém, poderem viver como qualquer outra pessoa, nesse caso, eu vou
aplaudir o filme de pé, mesmo que a Tris morra no final.
Estou apaixonada pelo filme “Convergente” e muito animada
para ver o próximo. Essa foi a primeira vez que eu desejei um filme diferente
do livro. Primeira vez que eu amei um filme que não foi fiel ao livro. Mas,
para tudo tem uma primeira vez. Exatamente como será a história do último
livro, algo completamente inédito. Um final merecido para algo que, na minha
opinião, realmente não tinha chegado ao fim.
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