Destino Mortal

Os humanos normais usam apenas 10% de seu cérebro. Aqueles que conseguem ultrapassar esse limite conseguem fazer coisas extraordinárias. Porém, nenhum ser humano é capaz de escapar de emoções básicas como o desejo e a paixão. E esses sentimentos podem ser levados a níveis ainda mais elevados quando se trata dos maiorais.

Shane estava na lista negra do governo. Quando foi convidado para participar de um programa de testes, ele não tinha nenhuma outra oportunidade a vista que o deixasse recusar essa proposta. O que ele não imaginaria era conhecer um mundo onde pessoas tinham poderes extraordinários e, entre eles, conhecer Michelle Mackenzie, uma mulher que o levaria à loucura em uma relação de desejo e paixão que, segundo ela, não passava de fruto de seus poderes de sedução, que muitas vezes ela não podia controlar.

Stephen vivia sem nenhum tipo de contato físico com alguém há mais de 15 anos, desde que iniciara o seu treinamento no Instituto Obermeyer. A ausência total de sexo, teoricamente, o ajudaria a elevar ainda mais a capacidade de uso de sua mente. Mas, conviver tantos anos ao lado de Elliot só transformaria seu celibato em frustração e aumentaria cada dia mais aquela paixão.

Bach era o líder de toda aquela organização. Ninguém havia alcançado níveis tão altos de controle da mente como ele. Agora, ele tinha que resgatar uma garotinha, que havia sido levada por outra organização com propósitos bem menos decentes. Eles usavam o sangue de potenciais para produzir uma droga que dava poderes sobre humanos a qualquer pessoa, mas que os enlouquecia no processo. Bach só não esperava que encontrar com Anna, irmã da menina que eles precisavam salvar de um terrível destino, mexesse com algo dentro dele que ele julgava que nunca mais se acenderia, não depois do que aconteceu em seu passado. Ele não imaginava que outra mulher pudesse fazer com que ele desejasse alguém novamente.

Adoro livros onde mais de um personagem principal, ou um casal principal, fazem a história realmente acontecer. Temos seis personagens de destaque que conduzem a história, cada um à sua maneira, com o seu passado e suas responsabilidades, mas que conseguem trabalhar juntos, em busca do mesmo objetivo e nos dividindo a cada página sobre qual história nós queremos acompanhar naquele momento.

Shane e Michelle, ou Mac, como ela prefere ser chamada, são uma avalanche de paixão e sedução. Mac, diferente de seus companheiros, nunca achou que a abstinência de sexo a faria melhorar os poderes, na verdade ela acreditava que dormir com alguém sempre fazia com que seus poderes de cura se acelerassem. Foi dessa forma que ela conheceu Shane, e nós embarcamos nunca relação tão quente, quanto desafiadora.

Stephen e Elliot, duas pessoas muito importantes no Instituto, por mais que Elliot não seja um maioral, tem um relacionamento também repleto de paixão, mas com muito mais carinho, ternura e confiança que qualquer outro. Depois de tanto tempo perdido, o leitor pode acompanhar a cumplicidade de duas pessoas que finalmente aceitaram suas escolhas e se amavam de forma completa.

A relação de Bach e Anna é um pouco mais complicada, menos explicita, mas não menos adorável. É impossível não torcer por eles o livro inteiro, não desejar que Bach esqueça todas as suas crenças e o seu passado e embarque nesse momento que pode ser único para ambos.

A diagramação é linda, com detalhes típicos de livros da editora que sempre trazem um charme a mais para as obras. A capa é muito interessante. Sem ser muito reveladora, ela acaba sendo mais sexy que muitas capas bem mais explicitas. Amei.

“Destino Mortal” é o primeiro livro da série “Destiny”, por isso, nem tudo o que precisava foi claramente resolvido, mas já deu para perceber nesse primeiro volume que a autora consegue lidar muito bem com poderes sobrenaturais, criar uma história muito interessante e repleta de paixão. Para leitores que, como eu, adoram livros com cenas mais quentes, mas que tenham uma história muito bem construída em torno dessas cenas, vão amar esse livro.

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