Diversos filmes usam como contexto criar vários personagens
e entrelaçar as suas histórias de forma que nos faça entender e compartilhar do
universo de cada um deles. É incrível quando isso funciona bem e nos faz
mergulhar naquela narrativa, nos comover com cada momento singular, mesmo que
seja uma comédia, nos fazendo quase ter que dividir risos e lágrimas. Claro que
o tema, dia das mães, é muito promissor nesse quesito. Quem não tem momentos
tão diversos quando se trata daquela que lhe deu a vida?
“O Maior Amor do Mundo” conta a história de Sandy (Jennifer
Aniston), uma mãe de dois meninos, divorciada, que se vê em um momento tenso em
sua vida. Seu ex-marido se casou novamente, com uma mulher mais jovem e que
tratava seus filhos quase que como uma mãe. Sandy é amiga de Jesse (Kate Hudson),
uma mulher que não fala com seus pais há anos, por ambos serem muito
preconceituosos e nunca terem aceitado que a filha tivesse um relacionamento
com um homem indiano. Seus pais não sabiam que ela havia casado com esse homem
e que ambos tinham um filho, assim como não sabiam que sua irmã não tinha um
noivo completamente perfeito, como eles pensavam, mas uma união estável com
outra mulher.
Além dessas histórias, ainda temos Kristin (Britt Robertson)
que morava com o namorado há muito tempo, inclusive tinham uma filha juntos,
mas ela tinha um pavor quase incompreensível de levar a sua relação adiante.
Enquanto seu namorado mal podia esperar pelo dia em que ela finalmente diria
sim aos seus infindáveis pedidos de casamento, Kristin gostaria de descobrir
antes suas origens, quem ela realmente era, quem era sua verdadeira mãe. Para
completar o time de histórias emocionantes, ainda temos Bradley (Jason Sudeikis)
pai de duas meninas que estava prestes a passar o primeiro dia das mães com as
filhas após o falecimento de sua esposa. Sem saber como lidar completamente com
seu luto, ou com uma filha adolescente, Bradley precisará de alguma ajuda,
talvez de um pouquinho de loucura, para conseguir seguir em frente.
Achei que esse filme conseguiu um equilíbrio bem
interessante entre a comédia e o drama. É impossível tratar de um tema como o
dia das mães, trazer histórias tão complexas e não nos emocionar em vários
momentos. Uma filha encontrando uma mãe que nunca conheceu, crianças tentando
superar a perda da mãe, filhas que não viam os pais há anos, tudo isso
conseguiu fazer com que algumas lágrimas quisessem em alguns momentos sobrepujar
as cenas engraçadas, o que me fez gostar muito mais da narrativa do que eu
imaginei a princípio.
“O Maior Amor do Mundo” consegue criar uma rede de
personagens com vários temas incríveis que vão além da tela do cinema. Esse é
um filme sobre aprender a dividir o amor, perdoar aqueles que você ama, superar
os desafios e as perdas, descobrir quem você realmente é e aquilo que você
deseja para o seu futuro e, para completar, como o amor de uma mãe, ou de um
filho, pode superar qualquer barreira e ser o maior amor que existe. Amei ver
esse filme!
Esse filme foi assistido no dia 22/4/2016 pelo Caminho
Cultural na cabine de imprensa a convite da Imagem Filmes.
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