Lúcia (Mariana Ximenes) é esposa de Gero (Bruno Garcia).
Quando o marido consegue sair pelo seu partido como candidato a governador, ela
precisa ajudá-lo a conseguir todo o apoio possível, porém, defender a sua honra
poderia colocar tudo a perder, fazer da sua vida uma verdadeira loucura.
Enquanto dançava com um importante nome do partido de seu
marido, um de seus principais aliados, Lúcia termina a dança de modo peculiar.
Após ser verbalmente assediada, ela dá um tapa na cara do político, o que
abalaria totalmente a carreira de seu marido. O único modo que Gero encontra de
contornar a situação, é declarar que a esposa é louca, que precisa de
tratamento urgentemente. Com medo de ser enviada para um sanatório, Lúcia foge.
Ela volta para um lugar que ela prometeu que jamais voltaria, mas que poderia
mudar todo o rumo de sua vida.
Esse filme retrata vários pontos importantes do nosso
cotidiano, sem se aprofundar em nenhum deles, é claro, por se tratar de uma
comédia. Começamos com um drama familiar, onde o marido coloca sua carreira à
frente da própria esposa, mesmo em um momento em que ela precisaria de seu
apoio, e não ser chamada de louca. Depois, podemos ver exatamente o lado
contrário dessa moeda, alguém que abandonou os próprios sonhos para o que
marido conquistasse os dele. Temos de uma forma bem caricaturizada, mas
realista, muito da sujeita que pode existir na política e amizades que não
passam de fachada, para que as pessoas consigam alcançar os seus próprios
interesses.
O que eu gostei muito na narrativa foi o romance
apresentado. Quando Lúcia volta para a sua cidade natal, ela reencontra Raposo
(Sergio Guizé), que se tornou um respeitável e conhecido cirurgião plástico. Seu
coração não poderia deixar passar em branco o reencontro com o seu primeiro
namorado e ele também ficou abalado com a aparecimento daquela que ele
claramente nunca esqueceu. Sinceramente, eu me envolvi e curti mais as cenas de
romance nesse filme, do que as cenas engraçadas.
Apesar de ser um filme de comédia, não temos tantas cenas
para arrancar gargalhadas dos espectadores. Mesmo as cenas que claramente foram
escritas para esse fim, pelo menos na sessão em que eu estava, não surtiram exatamente
o efeito desejado. Não que o filme não seja bom, é uma boa opção para algumas
horas de entretenimento, mas talvez não esteja tão bem-conceituado nesse gênero.
“Uma Loucura de Mulher” é um filme interessante, ao estilo
sessão da tarde, mas que vai garantir bons momentos no cinema. Me encantei com
o casal principal, e fiquei feliz com a forma como a narrativa se desenrolou e
o desfecho dos personagens. Vale a pena assistir.
O Caminho Cultural esteve presente na cabine de imprensa, a
convite da Imagem Filmes, no dia 9 de maio.
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