Rachel usava suas viagens de trem como um subterfugio para
esquecer a tragédia que sua vida havia se tornado. Ao passar todos os dias em
frente a mesma casa, ela fica obcecada pela moradora, uma mulher espetacular,
com um ótimo marido e uma vida perfeita. Quando ela vê essa mulher traindo seu
marido com outro homem, nasce nela uma raiva que nunca havia sentido antes. Em
seguida, a garota desaparece misteriosamente, dando início a uma trama de
segredos e mentiras que usam como arma principal o esquecimento.
Não li o livro que deu origem ao filme, mas, depois de sair
do cinema tão impactada com essa trama sensacional, mal posso esperar pela
oportunidade.
A narrativa gira em torno de três mulheres, a princípio sem
nada em comum, mas, com o decorrer da história, é possível compreender o quanto
seus destinos estão entrelaçados. Rachel sonhava em ser mãe. Após várias
tentativas malsucedidas, ela acaba descontando seu pesar na bebida. O marido,
ao não aguentar uma mulher alcoólatra, a abandona e se casa com outra, com quem
ele tem uma filha. Anna, a atual esposa, não gosta da presença constante e
desiquilibrada de Rachel em suas vidas. Megan, a mulher que parecia perfeita
aos olhos de Rachel, tinha sérios problemas emocionais, um relacionamento
abusivo e muitos homens para tentar preencher o vazio que ela sentia.
É incrível como cada uma delas tem uma personalidade e
características que nos são apresentadas no começo da história, mas que são
completamente distorcidas, modificadas e reescritas durante o filme. Nesse tipo
de narrativa é impossível prever o que vai acontecer, quem são os verdadeiros
culpados. Quando Megan desaparece, Rachel foi vista nas imediações e por isso é
uma das suspeitas. Por mais que ela não conhecesse a vítima, Megan era parecida
com a atual esposa de seu ex-marido, além de morar na casa ao lado. Portanto,
em seu momento de alcoolismo, isso era mais do que suficiente para que ela
estivesse na lista de suspeitos.
É claro que, em determinado momento, sua lista de suspeitos
vai afunilando, e o real responsável por todos os acontecimentos começa
finalmente a surgir, mas, nessa hora, você já está tão envolvido e fascinado
pela história daquelas três mulheres, as decisões que elas tomaram em suas
vidas, o motivo delas terem chegado onde chegaram, que só importa o desfecho, o
derradeiro final de cada uma delas.
Gosto muito de filmes que desafiam nossa mente, tanto quanto
livros que deixam pistas por todo o caminho, como um quebra-cabeça em que as
peças devem ser unidas para compreender todo o quadro apresentado. “A Garota no
Trem” é um jogo de peças espetacular. Enquanto Rachel tenta juntar suas
próprias peças para tentar entender o que aconteceu, o que ela poderia ter
feito, embarcamos naquele trem quase prendendo a respiração, e só conseguimos
realmente voltar a respirar quando as luzes se acendem e o letreiro aparece na
tela. Um super filme, vale muito a pena ver.
Oi Jana!
ResponderExcluirQuero muito ler o livro, mas ainda não tive oportunidade.
Também gosto de filmes que mexem com a mente e que achamos que o culpado é uma pessoa e no final as vezes é alguém que não imaginavamos, não sei se você viu Garota Exemplar?
Aqui na minha cidade o filme não chegou :( espero conseguir assistir.
Até +
Olá!
ExcluirTambém amo esse tipo de livro/filme.
Ainda não li o livro, mas estou louca para ler.
Garota Exemplar é genial também, e surpreendente.
Beijos!!!
Ainda não li o livro, estou doida pra assistir o filme, parece ser excelente e essa sua crítica me deixou ainda mais curiosa em conferi essa história na telona.
ResponderExcluirÉ um filme surpreendente, tenho certeza que você vai gostar.
ExcluirBeijos!!!