Kate Warner é uma talentosa geneticista que está trabalhando
com crianças autistas em busca de uma cura para esse problema genético. David
Vale trabalha para uma misteriosa organização que combate terroristas e outros
assuntos, quando é melhor não colocar o governo de qualquer país na jogada.
Quando duas crianças de Kate são sequestradas, a organização de David parece
estar de deteriorando em meio a traidores e os dois fatos parecem partir dos
mesmos responsáveis, os destinos deles se cruzam e entender a realidade do que
permitiu a evolução humana durante milhares de anos seria a chave para decifrar
um mistério muito maior do que eles imaginariam.
Eu realmente não sei o que eu esperava dessa narrativa antes
de começar a ler o livro, mas, com certeza, não passou nem perto da genialidade
e complexidade que eu pude encontrar nessas 563 páginas.
Ao ler o título, somos levados a acreditar que é um livro de
fantasia/ficção cientifica, e que coisas fantásticas e de outros mundos
aparecerão a qualquer momento. Ao avançar na narrativa, somos bombardeados com
infinitas informações e tramas, que, principalmente no princípio, podem deixar
o leitor completamente confuso, porém, tudo nos leva a crer que é um livro
ficcional, mas sem nenhum elemento fantasioso. Ledo engano.
A. G. Riddle, não só soube como criar uma narrativa
realmente única, mas nos prender, enganar e entreter, revelando aos poucos toda
a sua criatividade para uma história desse porte. Kate nos é apresentada como
uma cientista que quer descobrir a cura do autismo. Ela claramente ama as
crianças que estão sob sua guarda e faz de tudo por elas quando são
sequestradas, inclusive lidar com pessoas que acreditam que eliminar grande
parte da população possa ser benéfico para evolução da humanidade.
David é um soldado que lida muito bem com lutas e armas, mas
com uma perspicácia invejável. Ele investigava como os ataques ocorridos nos
Estados Unidos no 11 de setembro poderiam ser algo maior do que todos acreditavam.
Quando ele entra em contato com um projeto chamado “Protocolo Toba”, que
parecia ser algo além do que qualquer ataque terrorista de que já se tenha
ouvido falar, por mais que sua organização não seja mais confiável, ele iria
até o fim para descobrir e parar os responsáveis.
Apesar de ambos os protagonistas terem fatos trágicos
manchando suas vidas, momentos que sempre voltavam para lembrá-los daquela
tristeza, isso não é nada se comparado ao que o leitor descobre de um passado
ainda mais distante, de fatos que marcaram a história de humanidade, dos
protagonistas (direta ou indiretamente), alguns explicados, muitos outros
guardados para os próximos volumes, mas que nos deixam de queixo caído.
Voltando a parte que eu esperava a princípio, fantasia/ficção cientifica, esse
livro é um prato cheio.
“Atlântida – O Gene” merece realmente ser o fenômeno que ele
está se tornando. Uma obra tão complexa, bem elaborada e desenvolvida, onde
milhões de informações são lançadas por aquelas páginas e vão de juntando, como
um quebra-cabeça, apenas para nos levar em direção a uma estrutura espetacular
formada no final. Para quem gosta do gênero, tenho certeza que esse livro
estará entre os seus favoritos.
Nossa, já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais curiosa em conferi essa história que parece bem eletrizante e envolvente.
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