“Muito jovem. E atraente, muito atraente. É alto, está vestindo um belo terno cinza, camisa branca e gravata preta, tem o cabelo revolto acobreado e olhos cinzentos vivos que me olham com astúcia.”
Enquanto Anastacia é uma protagonista que não tem muitos fatores que lhe rendam uma real atenção, Christian Grey consegue ser a alma dessa série. Desde o primeiro momento, o leitor se sente intrigado com aquele homem tão atraente, ao mesmo tempo em que sempre parece ter algo sombrio ao seu redor.
Com um passado que lhe rendeu um presente nada usual, talvez moralmente questionável, Christian é um homem aparentemente seguro e confiante, principalmente nos seus negócios, mas que no fundo esconde uma criança que sofreu traumas tão profundos que formou um homem transtornado em muitos sentidos, com medo de aproximações e preferências questionáveis na forma como ele lida com as suas relações. Ele quer se sentir no controle o tempo todo, não quer mais ser aquela criança indefesa que só podia se esconder. Porém, essa sua forma de defesa acabou ultrapassando vários limites, o impedindo de realmente tentar ser feliz.
Eu acredito que talvez nem precisasse ser Anastacia realmente a pessoa a roubar seu coração. O protagonista, muitas vezes, não passava de uma criança traumatizada, com o desejo de ser amada, mas que fugia disso com medo de sofrer novamente. Quando uma chance aparece, alguém que não estava disposto a ceder ao seu modo de vida, ele percebe o quanto precisava daquele tipo de atenção, daquele tipo de amor, para que não fosse por um caminho completamente destrutivo.
Christian Grey é um personagem fantástico. Talvez um pouco menos aproveitado nos livros do que ele poderia, mesmo assim consegue chamar a atenção e nos conquistar com sua personalidade completamente peculiar. Ele é o nosso Personagem da Semana.
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