Autora: Marie Lu
Editora: Rocco Jovens Leitores
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Muitos morreram após uma misteriosa febre que assolou o mundo, porém, alguns jovens sobreviveram com terríveis marcas em seus corpos, que para sempre os separariam dos demais. Quando alguns desses jovens começam a surgir com poderes especiais, o mundo os teme e todos os malfettos começam a ser perseguidos.
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Muitos morreram após uma misteriosa febre que assolou o mundo, porém, alguns jovens sobreviveram com terríveis marcas em seus corpos, que para sempre os separariam dos demais. Quando alguns desses jovens começam a surgir com poderes especiais, o mundo os teme e todos os malfettos começam a ser perseguidos.
Adelina sempre foi maltratada pelo pai e sofreu humilhações
por sua aparência. Por ter perdido um olho por conta de sua doença, não era tão
bela quanto a irmã, a única naquela casa que parecia ao menos ser tratada com
um pouco de afeto. Quando o pai resolve vendê-la para o primeiro pretendente
que parece interessado, ela resolve fugir, mas seu pai não perderia o melhor
negócio que poderia ser feito com ela. Na fuga, Adelina finalmente desabrocha
seus poderes, sombras que ela nunca imaginou poder controlar. Ao tentar fugir
do pai, o mata no processo, e é presa pelo seu crime.
Apesar de tudo, Adelina estava feliz por ter acabado com
aquele que só lhe trouxe sofrimento. Aquele que deveria protegê-la e só lhe
trouxe amargura e ódio. Quando o fim finalmente chegou, quando ela seria
queimada em praça pública, para que todos pudessem ver o fim de mais um
malfetto transgressor, aparecerem aqueles a quem o governo mais teme. O maior
grupo de malfettos com poderes de quem se tem notícia. Os Jovens de Elite.
Sou completamente apaixonada pela série “Legend”, por essa
razão, sabia que iria encontrar uma história fascinante quando começasse a ler
“Jovens de Elite”, mas nunca, nem nos meus melhores sonhos, imaginaria que a
autora Marie Lu conseguiria criar algo ainda mais impactante que sua série
anterior.
Aqui temos uma narrativa onde não existem mocinhos. A
protagonista sofreu muito em sua vida e encontra nos Jovens de Elite a primeira
família de verdade da qual ela poderia fazer parte, porém, a escuridão dentro
do seu coração era muito maior do que ela poderia conter. Estar em meio à
guerra que eles travavam contra o governo para tomar o poder, lidar com a
chantagem de um Inquisidor que estava de posse de sua irmã e estar apaixonada
por alguém que talvez não visse quem ela realmente era, fazia com que a sua
escuridão, e a maldade que ela poderia causar, crescesse cada vez mais.
Enzo Valenciano é um personagem único. Líder da Sociedade
dos Punhais, também conhecidos como Jovens de Elite, é o real herdeiro do
trono, o príncipe que foi banido por também ficar marcado após a febre do
sangue. Suas marcas não chegam perto do desejo de vingança que ele carrega dentro
de si, da vontade de ver sua irmã longe de seu trono e ele governando, como era
o seu direito de nascença.
Toda a narrativa se desenvolve a partir desse tema. Não
temos nenhum personagem aqui que seja realmente bom, que pense no próximo a
qualquer momento ou que só tenha amor em seu coração. Mesmo assim, a autora foi
capaz de criar personagens cativantes, mesmo que de uma maneira deturpada. É
como se ao entendermos a dor e o sofrimento de suas almas, o ódio que eles
carregam no coração, justificasse, mesmo que por apenas um momento seus atos vis.
Marie Lu foi realmente única ao manipular nossas emoções de forma tão
questionável.
Durante todo o livro somos apresentados a um mundo de
pessoas egoístas, uma protagonista com poderes impressionantes, não necessariamente
usados para o bem, e momentos de grande impacto. Não existe uma só página onde
acontece algo previsível ou que não seja profundamente impactante, porém, mesmo
essa expressão não é o suficiente para descrever o choque e a dor do final
dessa narrativa. Até agora eu não consegui decidir se chorei de tristeza, raiva,
pena, angústia, ou uma mistura de todos esses sentimentos ao fechar a última
página dessa obra prima.
“Jovens de Elite” é um livro que não existe palavras que
descreva o quão incrível é o sentimento de conhecer Adelina, entender seus
próprios sentimentos, sua raiva, sua dor e ficar ao seu lado, mesmo nos
momentos em que a vingança e o ódio nublam tudo aquilo que ela acreditava ser
certo. Ou pelo menos fingia acreditar, se não para os leitores, para ela mesma.
Uma das minhas melhores leituras dos últimos tempos. Esqueça tudo o que você já
leu de distopias e fantasias. Esse livro é a melhor mistura dos dois que eu já
li.
Oi Jana,esse livro já está entre os que pretendo ler em breve.
ResponderExcluirAcho que a história não tem mocinhos(as),por eles terem passado por situações terríveis em suas vidas.
Sofreram "deformidades" e preconceitos por esse motivo.
Assim como também acredito que façam tudo em benefício próprio,por proteção.
Quanta a Adelina,espero poder conhecer a história dela logo,logo.
Gosto de dar uma de psicóloga usando personagens. :)
Amei a sua empolgada indicação!
Jana!
ResponderExcluirCom muita vontade de ler toda a série.
Ver que a mocinha está mais para vilã é um diferencial imenso, principalmente em livro de fantasia, onde muita coisa é igual e aqui ela se diferenciou...
Desejo uma semana maravilhoso!!
“O primeiro passo para a cura é saber qual é a doença.” (Provérbio Latino)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.