Por mais que essa história que já tenha emocionado você,
como me emocionou com o filme, nada se compara a experiência de assistir essa
obra prima ao vivo, a emoção daquelas vozes tocando o seu coração e atingindo a
sua alma de forma inesquecível.
Assistir à produção “Os Miseráveis” no teatro Renault é uma experiência
quase impossível de descrever. Ao entrar no ambiente, já é possível ter uma
ideia da grandiosidade dos cenários e da produção, mas nada te prepara para um
elenco tão formidável, cenários e projeções de tirar o fôlego, iluminação
impactante e uma orquestra que vai arrepiar a cada nota.
O ator principal, Daniel Diges, interprete de Jean Valjean,
me causou um pouco de estranheza a princípio. Com um sotaque que faz com que
algumas de suas palavras não fiquem tão compreensíveis, isso é explicado pelo
fato de ser um ator Europeu, que interpretou o personagem (e muitos outros icônicos
no teatro), na turnê espanhola de “Les Misérables”. Um ator de renome que
talvez esteja vivendo o maior desafio de sua carreira, cantando em português.
Sua interpretação é intensa, crua, realmente notável, o que faz com que
qualquer palavra não tão bem pronunciada seja esquecida rapidamente, substituída
pela emoção que ele nos passa em cada cena.
As atrizes Kacau Gomes e Laura Lobo, interpretes de Fantine
e Eponine, respectivamente, me arrancaram lágrimas com a emoção com que elas interpretam
a dor e o sofrimento de suas personagens. Ouvir uma canção tão conhecida, e
amada, como “I Dreamed a Dream” em português foi uma experiência tão prazerosa
quanto apaixonante.
Nando Pradho, responsável por levar Javert para os palcos,
conseguiu ser tão odiável que foi impossível não amar a sua interpretação.
Protagonista da cena visualmente mais impactante de toda a peça, sua voz e
movimentos foram formidáveis a cada momento.
Todo o elenco da peça é formidável, porém, a interpretação
das crianças é algo surpreendente. Atuando lado a lado com os adultos, elas não
deixam nada a desejar, muito pelo contrário, sua participação enriquece ainda mais
algo tão poderoso.
As cenas e cenários mudavam em frente ao público, de forma harmônica,
no meio de uma canção ou acontecimento. Foi algo incrível de ser ver. Além dos
mesmos serem de tirar o fôlego. A tela ao fundo com projeções cria uma experiência
realmente de imersão, como se pudéssemos também entrar naquele ambiente, como
se tudo aquilo estivesse realmente acontecendo. A iluminação é um show à parte.
Um tom sombrio é mantido durante as quase três horas de peça, o que condiz com
o clima dessa história tão triste, mas emocionante.
Assistir à peça “Les Misérables” foi uma experiência inesquecível.
Embarcaria nessa emoção mais mil vezes se fosse possível. Não existe outra
forma de terminar essa peça senão com lágrimas, risos e aplausos. Me sinto de
pé até agora, apenas aplaudindo.
Jana!
ResponderExcluirDeve ter sido bem emocionante!
Já li o livro, mas imagino que ver a peça teatral sendo interpretada e cantada, deve ser fabuloso!
Adorei sua avaliação.
Desejo um mês repleto de realizações e um domingo de alegrias.
“A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.” (Aristóteles)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Oi Jana,infelizmente não li o livro.
ResponderExcluirMas pode ter certeza que você passou toda a emoção da história em seus comentários.
Que bom que tenha vibrado,se emocionado e que tenha sentido toda a grandiosidade da peça.
Gostei bastante!
E quem sabe essa produção venha para a minha cidade? 😉
Oi, Jana!
ResponderExcluirAssisti ao filme e li o livro Os Miseráveis, ambos me emocionaram bastante!
Nunca fui a um teatro, mas gostaria de ir, de assistir "Les Misérables", pelos seus comentários a peça parece ser maravilhosamente encantadora, estou aqui imaginando as cenas acompanhandas por essa orquestra, a experiência deve ter sido incrível!... Dreamed a Dream em português?! Queria muito ver isso!