Liga da Justiça

Superman está morto. A esperança da humanidade se foi com ele. O caos parece estar por todos os lados, e mesmo seres de outras dimensões percebem o quão frágil e suscetível nosso mundo está. Apenas a união de pessoas com poderes muito especiais poderia restaurar a paz e a esperança no coração daqueles que ainda acreditam no bem.

Um dos filmes mais aguardados do ano finalmente chegou aos cinemas. Impossível assistir aos seus antecessores “Batman Vs. Superman” e “Mulher Maravilha” sem aguardar ansiosamente pela união desses heróis que nós acompanhamos durante tantos anos nos quadrinhos e em animações.

“Liga da Justiça” é um ótimo filme em se tratando do pontapé inicial para a real união dos heróis e a apresentação dos protagonistas dos próximos filmes da DC. Apesar de já termos visto Superman, Batman e Mulher Maravilha trabalhando juntos, é nesse filme que eles realmente formam um time, juntamente com Aquaman, Flash e Ciborgue, com a finalidade de combater seres que possam ameaçar a terra.

Amei a forma como os roteiristas criaram a interação entre eles. Enquanto Batman, o único herói sem poderes próprios, tenta manter a equipe unida, ou pelo menos iniciar uma equipe, o personagem tem plena consciência que ele não tem o que é necessário para criar uma unidade, uma liga que lutaria lado a lado quando o mundo necessitasse, como nesse momento.

Exatamente por essa razão que é tão incrível ver cada um encontrando suas próprias justificativas, fazendo suas próprias escolhas, para finalmente integrar o grupo. Mesmo assim, nenhum momento é fácil ou pacífico, cada um deles com suas personalidades e opiniões, tornando difícil tomar decisões em comum e seguir o mesmo caminho.

O vilão do filme, Lobo da Estepe, está em busca das três caixas maternas, para uni-las e criar um mundo repleto de maldade e destruição. Enquanto isso, suas criaturas alienígenas espalham o caos por onde passam, e nem amazonas ou atlantes poderiam detê-las.

Apesar de ser um vilão muito bem construído, assustador em toda a sua maldade, ele não consegue ser o foco da narrativa. Impossível unir um time como o desse filme e não ter esse fato sempre nos holofotes, como fator principal do longa.

“Liga da Justiça” fugiu dos dois gêneros mais característicos dos filmes recentes baseados em HQ’s. O filme não seguiu nem para um lado mais sombrio, nem para a comédia. Apesar de cenas tensas e outras engraçadas, protagonizadas na maior parte do tempo por Flash, encontramos um filme onde o ponto principal é a ação. Cenas de lutas intensas, embates poderosos e efeitos fantásticos criam o tom da narrativa.

Impossível não se empolgar com o que nos é apresentado em “Liga da Justiça” e o que pode acontecer nos próximos longas. Filmes solos dos personagens e mais filmes da Liga, formando uma série tão grandiosa quanto as histórias em que eles foram baseados. A última cena pós-créditos já nos dá uma ideia do quão grandioso é o que está por vir.