Enquanto os rebeldes remanescentes, liderados pela
comandante Leia, tentam escapar da primeira ordem e do Comandante Supremo, Rey
encontra o jedi lendário Luke Skywalker, que há muitos anos vive em isolamento.
Tanto os rebeldes quanto Rey buscam aliados para alcançarem os seus objetivos e
temem o poderoso Kylo Ren. O filho de Han Solo e Leia quer destruir os
rebeldes, porém, pode ser que o lado negro da força no neto de Darth Vader não
seja tão forte quanto seus aliados imaginam.
Um filme de ação? Sim. Um filme com cenas incríveis no
espaço e muitas naves? Sim. Um filme com batalhas e lutas incríveis? Sim. Pois
é isso que esperamos de um filme da série "Star Wars", mas "Os
Últimos Jedi" conseguiu me surpreender muito em outros sentidos. A
premissa da narrativa pode ser um filme de ação, mas o cerne da história é o
coração dos personagens.
Durante todo o longa encontramos personagens em conflito
sobre o que é certo e errado, o que pode resultar das consequências das nossas
escolhas, arrependimento e recomeços.
Rey encontra um Luke Skywalker muito diferente do final de
"O Retorno de Jedi". A falta de esperança de um personagem lendário,
tanto para os personagens, quanto para quem está assistindo, é algo surreal.
Impossível entender como algo tão ruim pode ter acontecido para fazer com que
ele desistisse de tudo, abandonasse a todos e, inclusive, a força que o guiou
por tanto tempo.
O jovem Skywalker, talvez nem tão jovem assim, precisa
relembrar lições muito importantes sobre ser um jedi, sobre acreditar na força
e ter esperança, para finalmente encontrar o seu destino, e a protagonista da
nova trilogia será fundamental nesse momento.
A protagonista luta para superar um passado do qual ela já
conhece a verdade, mas tenta se enganar com todas as suas forças. O lado negro
da força sente as suas fraquezas, conhece os seus medos e se aproveita disso
para se aproximar de seu coração. Rey, que sonha em conhecer os pais, carrega
essa ferida em sua alma, porém, apesar de uma vida tão sofrida, também carrega
uma bondade que pode pesar tanto em suas decisões quanto o seu passado.
O personagem mais incrível dessa nova trilogia, apesar de só
ter essa opinião após assistir "O Último Jedi" é Kylo Ren. A
complexidade desse personagem não é algo que se encontra com facilidade em
outros universos. Entender os seus motivos, a razão por ele ter abandonado seu
mestre, ter tido coragem de matar o pai e causar tanta dor e sofrimento, é
quase como desvendar um enigma que estava te corroendo. Ele se tornou tão
fantástico ao percebemos que ele não passa de alguém que tinha suas escolhas,
caminhos que poderia seguir, mas que foi obrigado a trilhar um deles, o pior
deles.
A relação entre Kylo e Rey foi algo que eu não esperava, mas
me deixou em polvorosa durante todo o longa. Não que tenha sido algo exatamente
romântico (foi muito na minha imaginação), mas a ligação que eles criaram, a
forma como eles interagiam, mesmo à distância, me fez vibrar de emoção. Apesar
de estarem seguindo caminhos completamente diferentes, suas escolhas podem
mudar, e eu mal posso esperar para ver como essa relação pode se desenvolver no
último filme.
"Os Últimos Jedi" é um filme fantástico e
grandioso. Se "O Despertar da Força" foi o primeiro passo da nova
trilogia, o episódio VIII conseguiu elevar os personagens, a história e os
relacionamentos de forma indescritível. Impossível não se encantar e emocionar
com tantas lembranças e novas histórias. Que a força esteja com você!
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