Após a traição de Tereza em “Prova de Fogo”, Thomas está
escondido junto com os outros imunes que conseguiram escapar das mãos da
organização C.R.U.E.L. A cada oportunidade, eles enfrentam os inimigos para
resgatar os amigos que ainda são prisioneiros, principalmente Minho, que permaneceu
com ele no labirinto. Ao descobrir que o amigo estava preso na última cidade no
mundo que ainda não havia sido destruída, sede da organização que ele tentava
fugir a todo custo, um lugar com a mais alta e moderna segurança, Thomas e seus
companheiros decidem invadir o lugar para libertar o amigo, custe o que custar.
Devo confessar que ainda estou em choque após assistir nos
cinemas do final da série “Maze Runner”. Aqui vocês vão ler uma crítica baseada
unicamente nos fatos apresentados nos filmes, pois, infelizmente, ainda não
tive a oportunidade de ler a trilogia principal completa.
O longa começa com uma incrível cena de ação. O resgate de
algumas crianças imunes de um trem em movimento foi um pontapé inicial de tirar
o fôlego. Apesar do resgate bem-sucedido, logo em seguida vem a frustração,
pois Minho não está entre os sortudos que não estariam mais nas mãos da C.R.U.E.L.
A determinação de Thomas em invadir a cidade sede a organização
pode não ter haver somente com o amigo, mas com Thereza. Apesar da traição,
Thomas não para de pensar nela, em seus motivos e o que a teria levado a
traí-los de forma tão fria.
Esse é um filme de contradições, tanto no roteiro em si,
quanto nos sentimentos causados em quem está nos cinemas. O longa nos apresenta
um protagonista que descobre que tudo depende de um ponto de vista, que algumas
pessoas acreditam que é necessário pensar no bem da humanidade, mesmo que isso
seja muito prejudicial a alguns indivíduos. A organização que sempre foi
considerada a vilã dessa história começa a nos passar um outro sentido de sua existência.
Não justifica os seus atos, mas faz com que eles sejam mais aceitáveis.
Por outro lado, um fato em especial, citado no segundo
filme, é completamente ignorado nessa sequência. Algo que se torna chocante
para quem está assistindo, devido à perda de um personagem muito especial, que
não é justificada quando consideramos os fatos apresentados em “Prova de Fogo”.
O último longa da série é um filme fantástico de ação. Não
tem como não ficar impactado com as cenas de perseguição, lutas e mesmo com os
momentos de suspense que surgem na tela. Mas, por ser o último filme, baseado
no último livro, a quantidade de pontas soltas é impressionante. É uma
narrativa incrível, amei cada segundo, mas não posso acreditar que não terá uma
sequência.
“Maze Runner: A Cura Mortal” é um filme genial, mas merece
uma continuação. Apesar de um dos grandes conflitos da história ter sido
resolvido, muitas outras perguntas ficaram no ar. A cena final, inclusive, nos
dá a entender a intenção de uma sequência. Acredito que os fãs amariam uma
notícia como essa.
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