Com o mundo cada vez mais repleto de novos indivíduos e
escassez de recursos, a solução pode ser tornar o mundo um lugar maior,
reduzindo o tamanho de cada indivíduo. Paul e sua esposa viram nessa
oportunidade a chance de serem ricos. O dinheiro de uma pessoa em seu tamanho
natural valeria muito mais em sua versão reduzida, assim eles poderiam viver o
resto de suas vidas no luxo, apenas desfrutando de uma nova vida. Tudo parecia
perfeito, até que a mulher de Paul desiste do procedimento, mas já era tarde
demais para o seu marido. Agora ele teria que descobrir aquele novo mundo por
conta própria, sem chances de voltar atrás.
A premissa desse filme nos lembra “Querida, encolhi as
crianças”, mas não poderia ser mais diferente que o seu colega de
encolhimentos. Cidades praticamente do tamanho do um estacionamento,
comportando centenas de indivíduos que consomem uma quantidade mínima de
alimentos e produzem uma quantidade mínima de lixo. Essa era a proposta do
projeto de encolhimento, mas não era exatamente o incentivo dos novos
moradores.
Uma oportunidade quase irrecusável. Ter uma casa enorme,
mansões, carros a sua disposição, talvez nem precisar mais trabalhar em sua
vida, apenas se divertir e ser feliz. O pouco dinheiro de um ser humano de
tamanho normal valeria muito mais quando se era pequeno. Paul se viu na
situação de encarar esse novo mundo sozinho, sem amigos, família ou sua esposa
e descobriu que nem o mundo dos pequenos, nem os dos grandes, era um conto de fadas
com um final feliz.
Pode não parecer à primeira vista, mas o longa trata de
assuntos muito sérios, de máxima importância para a humanidade. Falta de
comida, escassez de recursos, acumulo de lixo, além do uso de algo que deveria
ser para o bem para humanidade para punições, humilhações e vantagens próprias
de poucos.
Paul descobre que a vida “perfeita” da cidade dos pequenos
também esconde seus segredos obscuros, que nem todos estão ali por vontade
própria ou completamente felizes. Aquela era uma solução benéfica para um mundo
que estava ruindo, mas talvez o mundo continue ruindo e um dia seja tarde
demais para os indivíduos de qualquer tamanho que seja.
Uma descoberta para salvar a humanidade que vira nada mais
que um produto comercial. Pessoas que não pensam no bem da humanidade, apenas
no próprio bem-estar. Porém, há sempre uma luz no fim do túnel. Onde existe
pessoas que precisam de ajuda, sempre haverá alguém para ajudá-las.
“Pequena Grande Vida” é um filme sobre a humanidade, sobre o
que faz cada um de nós seres humanos. Seja pequeno ou grande, cada pessoa
carrega suas ambições, desejos e sonhos, mas pode ser derrubada por alguma
rasteira da vida a qualquer momento. Esse filme não é um mero entretenimento de
pessoas pequenas, é uma lição sobre o que estamos fazendo com o planeta e uns
com os outros. Não importa o seu tamanho, o que importa são as escolhas que faz
todos os dias.
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