Autora: Christine Bryden
Editora: Seoman
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A trajetória de uma mulher inteligente e perspicaz que se vê diagnosticada com demência. A vida de Christine Bryden pelos olhos da própria autora, por mais que ela precise de alguma ajuda para lembrar de certos fatos de sua existência. Alguém que tinha a vida pela frente, mas que ainda tem muito para viver.
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A trajetória de uma mulher inteligente e perspicaz que se vê diagnosticada com demência. A vida de Christine Bryden pelos olhos da própria autora, por mais que ela precise de alguma ajuda para lembrar de certos fatos de sua existência. Alguém que tinha a vida pela frente, mas que ainda tem muito para viver.
Ler esse livro foi algo realmente estarrecedor. Christine
não é alguém que imaginaríamos ter sido diagnosticada com demência. Suas
palavras e ações, mesmo após o aparecimento da doença, são tão elaborados e
cientes que é difícil acreditar que seu cérebro esteja realmente se
deteriorando, assim como muitos que passaram por sua vida também acharam.
A autora narra desde a sua infância, com uma mãe muito
presente que estimulava o tempo todo sua mente. Ela desafiava a filha de todas
as maneiras possíveis, como se ela já soubesse que ela precisaria de todos
aqueles estímulos um dia.
Após relacionamentos muito conturbados, inclusive com
agressões físicas frequentes, Christine estava a caminho de encontrar um pouco
de paz com suas filhas e um ótimo emprego. Ela sempre se gabou por sua ótima
memória e eloquência, por isso mesmo era ainda maior o seu sofrimento quando se
esquecia de coisas pequenas como o que tinha pedido para o jantar ou como ligar
o carro.
Quando pensamos nessa
doença, sempre imaginamos pessoas muito mais debilitadas e dependentes do que Christine.
Por mais que sua situação piore a cada dia, sua lesão no cérebro é algo tão
grave que ela já não deveria nem mais conseguir se comunicar facilmente com as
pessoas. Apesar de ter dificuldades em articular algumas frases e esquecer
fatos importantes, como a autora mesma cita, ela ainda consegue disfarçar muito
bem seus problemas. Quem não a conhece, nem desconfia que ela tem essa
condição.
Apesar de tantas coisas terríveis, é apaziguador ler quando
a autora narra que finalmente encontrou o homem certo. Aquele que ficaria ao
seu lado até o fim, mesmo quando ela não tivesse condições de fazer mais nada
sozinha. O que é inclusive o que acontece. Christine e Paul viajam pelo mundo
dando palestras sobre a condição de Christine, explicando para as pessoas o que
exatamente é essa doença e o que fazer para tentar evitá-la.
Depois de tanto sofrimento narrado pela autora, e por todo
sofrimento que sabemos que ainda virá, pois essa é uma doença que não tem cura,
é impossível não se alegrar por saber que ao menos ela encontrou a pessoa
certa, depois de tantos relacionamentos traumáticos, alguém que seguraria a sua
mão até o último momento.
“Antes que eu me esqueça” é uma lição para todos nós. Christine
foi muito corajosa em expor dessa forma a sua doença e sua vida para que outras
pessoas na mesma situação encontrem um igual em que se espelhar: Alguém que
nunca desiste e que encara seus problemas sempre de frente. E disso, ela nunca
se esquece.
Nossa, como deve ser difícil receber um diagnóstico desse...
ResponderExcluirE quanta força e garra para prosseguir é preciso ,estando em uma condição como essa.
Eu não conhecia esse livro,e fiquei surpresa que a própria autora Christine sofra dessa doença.
Bem,deve ser uma história emocionante,mas também nos trás um alerta de como tentar evitar essa situação.
Boa dica!