O Passageiro

| 07 março 2018 |

A bordo de um trem, Michael encontra uma passageira misteriosa, com uma proposta “hipoteticamente” tentadora. Encontrar alguém, em troca de muito dinheiro. Porém, quando ela salta em sua estação, Michael percebe que sua proposta era verdadeira e ele já está no centro de uma trama que pode custar a vida de todos os passageiros.

Sair da rotina nem sempre é algo bom. Michael vivia sua vida, todos os dias exatamente da mesma forma, até que é demitido de seu emprego. Voltando para casa, sem saber como contar a esposa o que aconteceu, pois o casal tinha muitas dívidas e um filho prestes a entrar na faculdade, ele é abordado por uma estranha, com uma proposta aparentemente simples, mas tentadora. Você faria algo simples, em troca de muito dinheiro, mesmo sem saber as consequências dos seus atos?

Ao “aceitar” essa proposta, Michael não poderia imaginar que se veria no meio de uma trama muito bem elaborada e complexa, que deixa o protagonista perdido em algo que ele dificilmente conseguiria resolver. Quem está assistindo também se embaralha naquelas questões e se prende a cada segundo em que o alvo não é encontrado e inocentes vão sofrendo as consequências.

Esse é um filme de suspense e ação muito bem desenvolvido. O roteiro é impecável no quesito “surpreenda”. Amo ser enganada durante todo o enredo e só descobrir a verdade no momento em que foi programado pelo roteirista. Isso prova o quanto o filme consegue conduzir de forma perspicaz, mas sem entregar o enredo ou finalizar com uma justificativa ruim.

 O cenário do filme é basicamente o trem. O desespero do protagonista andando pelos vagões, tentando descobrir quem é o seu alvo, do qual ele só conhece um nome, é desesperador. Impossível pensar em como ele poderá sair daquela situação, ou pedir ajuda. Com a sua família sendo ameaçada, o dinheiro não é mais o ponto principal, mas a situação em que ele acabou caindo ao cair em tentação e pegar o dinheiro.

Acredito que todo esse mistério e suspense sejam o ponto chave do longa, mas não podemos desmerecer as cenas de ação. Qualquer passageiro pode ser o alvo, ou um inimigo, portanto, temos combates incríveis em um cenário bem limitado, em questão de espaço, o que torna tudo mais dramático e impactante.

“O Passageiro” não é só mais um filme de um policial aposentado forçado a voltar à ativa. É um filme muito inteligente, que nos força a também enfrentar aquela situação em busca de um desfecho favorável, que parece ser impossível. Embarcar nesse trem é enfrentar uma situação única e sair do cinema mais do que satisfeito.

Um comentário:

  1. Jana, gosto dos filmes em que o ator
    Liam Neeson contracena.
    E não acredito que ainda não assisti "O Passageiro".
    E agora então sabendo que a trama é cercada de mistérios,minha curiosidade só aumentou.
    Assim como você também gosto de ser surpreendida com o desfecho da história.


    Ótima dica!

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