Doce Mentira

Autora: Kendall Ryan

Editora: Pandorga

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Sophie nunca teve realmente um momento para si em sua vida. Sempre se sentiu a irmã gêmea da menina com câncer, mas nunca se ressentiu disso. Ela amava demais sua irmã para agir de outra maneira. Sophie sabia que sua irmã não tinha muito tempo de vida, e a sua última esperança era um tratamento muito mais caro do que sua família poderia sonhar em pagar. Quando surge a oportunidade, Sophie resolve leiloar a própria virgindade para custear o tratamento, mas não imaginava o quanto sua vida mudaria.

Colton Drake não esperava deixar aquele leilão com uma mulher em sua moto, muito menos uma virgem. Ele queria uma companhia que lhe fizesse esquecer uma mulher que o havia feito sofrer mais do que tudo no mundo, mas isso se resumiria apenas a sexo. Mas Sophie era inocente demais, verdadeira demais, para que o coração de Colton resistisse a seis meses vivendo lado a lado.

Gostei muito de como a autora, Kendall Ryan, criou o protagonista dessa narrativa. Colton não é aquele homem dominador e sedento que encontramos tão facilmente em outros livros. Ele não tinha a real intenção que sair com alguém daquele leilão, mas ele sentia que os olhos de Sophie lhe pediam para salvá-la. Ao mesmo tempo, apesar de todo o desejo, ele não quis usar o que ele tinha pago por ela como forma de obrigá-la a realmente perder sua virgindade com ele, a não ser que fosse algo que ela desejasse em seu íntimo.

Sophie nunca teve viveu um momento como esse em sua vida. E não se trata do luxo ou do homem incrível ao seu lado, mas de um momento em que ela fosse a prioridade, em que ela não precisasse se preocupar com a irmã a cada momento. Por mais que ela estivesse ali para ser uma “escrava sexual”, como ela pensava, e pelo valor exorbitante que o seu “dono” havia pagado para tê-la ali, Colton parecia apreciar muito mais sua companhia, o que a frustrava imensamente, principalmente quando seus desejos por ele eram tão explícitos.

A mentira em si do título só é revelada nas páginas finais da obra, quando também descobrimos que tantas pontas soltas não são mais do que uma ponte para a continuação. A autora não apressou nada no relacionamento dos protagonistas, nem mesmo o direito de Colton pelo o que ele havia comprado, a virgindade da protagonista, mas, mesmo assim, conseguiu construir um livro que gira em volta dos dois, mesclando eles se conhecendo com momentos muito sensuais de se ler.

“Doce Mentira” é o ponto de partida de um casal que eu estou louca para saber o que acontecerá na sequência. A autora não mediu sua crueldade com o final do livro, sabendo que nos corroeria de curiosidade pelos próximos acontecimentos. Resta saber o que nos espera em “Doce Amor”.