Autora: Claire Mcfall
Editora: Globo Alt
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Após muita dificuldade, finalmente Dylan vai conhecer seu
pai. Após enfrentar um dia onde tudo de ruim acontece, como acordar atrasada,
tomar chuva a caminho da escola, ser zuada por seus colegas, tudo o que ela
precisa agora é pegar um trem rumo as terras altas da Escócia para conhecer uma
pessoa tão importante em sua vida, porém que ela nem conhece o rosto.
Mas como tudo o que é ruim pode piorar. Durante o trajeto do
trem, o mesmo sofre um acidente. Dylan acorda no escuro, sem saber direito o
aconteceu, mas sabe que precisa sair do trem o mais rápido possível para pedir
ajuda. Com dificuldade, ela consegue sair do trem e após caminhar no escuro sai
próximo a um túnel. Tudo está estranho, onde estão as pessoas, os policiais, os
bombeiros?
Após um tempo, Dylan vê um adolescente em um morro ali
próximo, contente por ter encontrado alguém que também estava envolvido no
acidente, ela caminha até ele. Mas o garoto é estranho, se apresenta a Dylan
pelo nome de Tristan e diz a ela para segui-lo. Sem entender o que está havendo
e não querendo ficar sozinha naquela situação Dylan resolve ir com ele.
As discussões entre Dylan e Tristan se tornam cada vez
maiores. Ela não concorda com o caminho que ele está tomando e ele diz que sabe
para onde está indo. Mas como é possível não encontrar ninguém pelo caminho? Então
vem a revelação, Dylan não foi a única sobrevivente do trem, ela foi a única
que não conseguiu sair. Tristan é um barqueiro, responsável por conduzir Dylan
pelo mundo dos mortos, também chamada de Terra Desolada, até o além.
A descrição da Terra desolada de Dylan é feita com maestria
de detalhes. Conforme ela passa pelos terrenos difíceis ao lado de Tristan é
possível sentir seu cansaço e descontentamento pelo local, e é claro que sua
companhia não facilita sua vida. Ou seria sua morte?
Tristan é um lindo personagem que nos mostra como é difícil
uma vida sem escolha. Uma vida extremamente longa sempre fazendo a mesma a
coisa, levando as almas pelo mundo dos mortos. Somente existir, sem de fato
viver. Porém uma alma é diferente para ele. Dylan é a única que parece entender
o que se passa em sua mente e ao mesmo tempo se importa com o que sente.
Sentimentos começam a aparecer. Algo que ele nunca sentiu antes, porém é
preciso esquecer e seguir em frente, pois ao final da jornada de Dylan, os dois
vão se separar para sempre.
Dylan nunca sentiu o que sente por Tristan. Ela reconhece
como ele se mantem atento e como cuida dela durante a jornada. Claro, que ele
possui um gênio e tanto, mas ele é tão bonito e não só na aparência física. A
jornada não é fácil pela terra dos mortos, principalmente necessitando fugir de
espíritos famintos que querem atacá-la a qualquer custo, mas ela tem Tristan. É
possível surgir o amor mesmo após a morte?
Com o dilema do que acontece depois da morte, “O Barqueiro”
é uma releitura do mito de Caronte, barqueiro de Hades, responsável por
transportar as almas no mundo dos mortos. Uma linda história de amor, porém sem
esperança, afinal Tristan é um barqueiro, cuja existência se resume a uma única
função. Mas conforme a história se passa é impossível não torcer por uma
maneira, uma brecha qualquer para que o amor de Tristan e Dylan seja
realizável.
Olá! Nossa, não conhecia esse livro, curto muito uma releitura, parece super interessante, essa resenha me deixou bem curiosa em conferi isso tudo que foi dito aqui.
ResponderExcluirBjs
Jana, você não imagina como gostei de conhecer esse livro!
ResponderExcluirQue boa ideia essa da autora em criar uma história com um personagem da mitologia grega.
Achei incrível,de verdade! :)
Mais que anotada a sua dica!