Imagine não poder tocar alguém que você ama? Conhecer alguém
que possui uma mesma doença, alguém incrível, que mudaria sua vida, porém, que
jamais poderia chegar realmente perto, não sem colocar ambas as vidas em risco.
Romântico? Trágico? Encantador? Tudo define bem esse filme.
Stella passa a maior parte da sua vida no hospital. Enquanto
seus amigos se divertem, ela cuida do próprio tratamento, e espera por um
transplante de pulmão, o que poderia lhe dar mais alguns anos de vida. Will não
se importa tanto com o seu tratamento. Pensa que, se irá morrer de qualquer
forma, pelo menos que não seja levando a sua vida com uma obsessão por médicos
e remédios.
Duas pessoas tão opostas, mas sofrendo exatamente do mesmo
mal. Um casal que não pode ficar a menos de cinco passos de distância, porém,
mostram em algumas horas de filme que é possível estar perto do coração de
alguém, mesmo com tanto espaço os separando.
Amei a personalidade de Stella. Alguém com uma doença tão
séria, mas que consegue não se deixar abater, anima aqueles que estão ao seu
redor e faz com que o seu tratamento, algo tão sério, pareça algo normal e
corriqueiro.
Por outro lado, também entendemos as atitudes de Will. Sua
doença está em um nível mais elevado, ele nem ao menos pode fazer um transplante,
caso surgisse um órgão disponível. Isso faz com que ele seja mais rebelde em
relação ao seu tratamento, o que é totalmente compreensível. Um jovem bonito,
que deveria ter a vida inteira pela frente, vivendo em um hospital e sem
nenhuma perspectiva de melhora.
É por isso que os dois são tão perfeitos juntos (mesmo que
separados). Enquanto Stella precisa ser um pouco menos séria com seu
tratamento, precisa entender que também pode sofrer por tudo o que está
acontecendo, Will precisa ter suas esperanças renovadas, começar a fazer algo,
mesmo que aparentemente não dê nenhum resultado, apenas para ter pelo o que
lutar.
Eles se complementam perfeitamente, tendo em excesso
exatamente o que o outro precisa. Transformamos essa dupla fantástica em um trio
totalmente incrível quando colocamos na equação o melhor amigo de Stella,
alguém que ela conhece desde a infância frequentando hospitais, alguém que
sofre da mesma doença. Um personagem carismático e engraçado, colocado
perfeitamente na narrativa para que algo bem clichê não acontecesse e mesmo
assim sofrêssemos imensamente.
"A Cinco Passos de Você" é uma história linda de
amor, onde os sentimentos são o que realmente importa, o que a pessoa diz ou
faz, não a forma como ela lhe toca, pois não existe essa possibilidade. E, para
completar, lencinhos podem ser necessários... Corra para o cinema!
Somente em ler as suas considerações sobre o filme,já senti um aperto no coração.
ResponderExcluirQue triste a vida desse casal! E mais triste ainda é saber que milhares de pessoas passam por problemas de saúde parecidos.
Confesso que fujo um pouco de filmes como esse .Mas me parece uma boa história... Mas como bem nos contou,"lencinhos podem ser necessários".
Não vejo a hora de poder conferir o livro e o filme(que aliás, tem sido muito elogiado)
ResponderExcluirAdoro dramas, ainda mais quando mexem assim, não somente com a parte física, mas também o emocional.
E pelo que li acima, o foco é realmente a doença, sem muita firula.
Lerei e verei!!!
Beijo