Autora: Marie Lu
Editora: Fantástica Rocco
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O mundo virtual pode ser melhor do que a realidade? Um lugar
para esquecer os seus problemas, ser quem você quiser, e batalhar por status e
fama. Esse era o mundo de Warcross, uma febre mundial, a única felicidade da
vida de Emika Chen. Órfã, ex-presidiária, a jovem era uma caçadora de
recompensas, além de uma hacker muito habilidosa, porém, ela jamais imaginaria
que essa habilidade criminosa faria com que seu rosto ficasse mundialmente
conhecido.
Emika invadiu o jogo de abertura do campeonato, assistido
por milhares de pessoas em todo o globo, e chama a atenção do criador desse
mundo, provavelmente o homem mais influente do planeta, Hideo Tanaka. Ao invés
de mandar prendê-la, Hideo lhe oferece um emprego: ajudá-lo a encontrar alguém
que está tentando sabotar o jogo, por motivos que o grande criador ainda não
descobriu. Agora, Emika fazia parte de uma das equipes mais famosas do jogo e
teria mais dinheiro do que jamais imaginou, caso pegasse o culpado primeiro.
O mundo pode ser virtual, mas os perigos para Emika
chegariam até o mundo real. Além disso, ela se aproximaria como nunca imaginou
de seu grande ídolo, o jovem que a inspirou em um momento muito difícil, alguém
que, mesmo sem saber, salvou a sua vida.
Ainda estou esperando Marie Lu escrever um livro em que eu
encontre algo de ruim na história. Acho quase impossível alguém ser tão bom
assim, escrever tantas séries, muito diferentes umas das outras, e manter um
nível incrível em cada narrativa, nos enlouquecendo a cada página para
descobrirmos aonde aquela história irá nos levar.
Dessa vez, o lado gamer da autora vem à tona, e somos
levados a um incrível mundo virtual. Apesar de algo bem mais aprofundado, não é
tão diferente da sociedade onde vivemos hoje, onde as pessoas usam o mundo
virtual como uma forma de escapismo. Emika tem uma vida horrível, conhece
várias formas de burlar o sistema e burlar a lei, mas essa foi a única maneira
que encontrou de seguir em frente e ter dinheiro, ao menos para se alimentar e
ter um teto sob a sua cabeça.
O desafio de Emika é encontrar um personagem intitulado como
Zero. Marie Lu criou a sua história baseando todas as atitudes dos
protagonistas em descobrir quem era esse personagem misterioso e quais eram os
seus objetivos. Assim como Emika, também descobrimos ao decorrer do livro quais
são as reais intenções de Zero, apesar de ser possível desconfiar quem realmente
é o personagem por trás do codinome, mas talvez essa seja apenas uma artimanha
da autora para tirar a nossa atenção do foco principal e surpreendente, só
revelado no final.
Nem todas as batalhas virtuais incríveis de Emika, nem a
relação apaixonante dela com Hideo e nem os perigos que ela corre no mundo real,
superam o que é revelado nas últimas páginas da história. Estou até agora sem
fôlego com essa reviravolta tão incrível. Tudo faz sentido, as peças estavam
todas lá, somente esperando serem montadas para nos tirar o chão e criar um
final explosivo.
Além do final ser incrível, a autora ainda nos deixa um
dilema moral nas mãos. O que é certo e errado? Até que ponto uma pessoa pode
chegar para fazer o que acha que é correto? Ainda estou completamente dividida,
sem saber qual lado escolher, mas absolutamente ansiosa para descobrir como
esse dilema vai se desenrolar no próximo livro.
Aplaudo de pé a genialidade dessa autora que tanto amo.
"Warcross" é um livro perfeito para quem amou as séries
"Legend" e "Jovens de Elite", porém, não espere nada
parecido. Nesse mundo, o real nem sempre é real e, muitas vezes, o que acontece
no mundo virtual pode trazer graves consequências.
A seguir, alguns comentários COM spoilers:
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Posso pirar muito agora?
O que é essa história?
Desde a primeira página, fiquei enlouquecida com o possível
encontro de Emika e Hideo. Quando eles finalmente se conheceram... OMG!!!
Corações pulando dos olhos era pouco. Quando eles começaram a construir uma
relação, abalou todas as minhas estruturas. Eu imaginei que ela iria curá-lo,
fazer com que ele não sentisse mais a falta do irmão que havia sido
sequestrado, além de finalmente convencê-lo que a culpa não era dele, mas, no
final das contas, quem iria imaginar aquele desfecho?
Eu desconfiei que Zero fosse o irmão desaparecido de Hideo,
mas nunca, nem nos meus maiores delírios, desconfiaria que Sasuke (irmão de
Hideo, mas impossível não lembrar de Naruto rsrs) estaria tentando impedir o
irmão de fazer algo tão terrível como tirar o livre arbítrio de toda a
população mundial.
Porém, seus motivos são nobres. Impedir crimes,
assassinatos, sequestros... Tudo para que nenhuma família sofresse o que ele e
os pais haviam sofrido por tantos anos. Mas, será que essa razão é aceitável,
será que os seus motivos sempre serão nobres assim?
Será que isso pode ser algo bom para o mundo, ou pode tirar
o que faz de nós humanos?
Terminei o livro triste, por Emika e Hideo seguirem em lados
opostos, estarrecida com essas revelações do final e completamente louca para ter
"O Jogo do Coringa" em mãos.
Só me resta dizer... Marie Lu é um gênio!!!
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