Autora: Holly Black
Editora: Galera Record
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Livro anterior: O Príncipe Cruel
Conforme os planos de Jude, Cardan é o novo Grande Rei de
Elfhame e está jurado a obedecê-la por um ano e um dia, nenhum segundo a mais.
Metade desse tempo já passou e a mortal não faz ideia de como manterá o Rei sob
o seu domínio até que o irmão de criação, Oak, esteja realmente pronto para
assumir o trono.
Entre um Rei inconsequente, todas as maquinações da corte,
traições e guerras sendo tramadas, Jude ainda teria que lidar com a atração que
sente por Cardan, alguém que ela sempre julgou detestar com todas as forças,
mas que tinha que manter ao seu lado, para garantir o poder que a tanto custo
tinha conquistado.
Nossa!!! "O Príncipe Cruel" é incrível, mas a sua sequência
é algo realmente intenso e fora de série. Nós conhecemos Jude apenas como uma
humana que desejava realmente ser alguém importante naquele mundo mágico, mas
as suas ambições a levaram muito mais longe.
Para alguém que outrora desejou ser apenas uma cavaleira do
Rei, ser a verdadeira mente por trás de um soberano de fachada, deveria ser
exultante, mas ela descobriria que manter tudo sob o seu controle seria um
desafio além do que qualquer um já tivesse enfrentado.
Jude sofreu muito sendo uma humana desprezada, portanto, é
possível entender muitas de suas atitudes. A forma como ela não confia em
ninguém, como ela quer o poder para si, seja para fazer o que é certo, ou para
se vingar de todos aqueles que a fizeram sofrer, mas percebendo que por trás
dele existiam dificuldades que talvez uma simples humana não conseguisse
superar.
Por mais que Cardan tenha feito Jude sofrer imensamente, por
trás de cada uma de suas atitudes havia algo sempre no ar. Seja uma tentativa
de proteção, ou de carinho, o escudo dela sempre estava erguido para não
reconhecer nenhum de seus gestos. Cardan parecia confiar em seu julgamento, e
só queria ter a sua confiança em troca.
Mas, em todo o livro, nos lembramos que os habitantes do
Reino das Fadas não podem mentir, por isso usam a sua habilidade com as
palavras para dizerem verdades de forma que os beneficiem, que nos fazem
desconfiar de cada palavra de carinho, de cada momento de
"honestidade" que eles vivenciam.
Não posso negar que sou completamente louca e apaixonada por
esse casal desde o primeiro livro, porém, em um mundo com tantas tramas, com
tantos lados tentando obter vantagem, e tendo apenas o ponto de vista de Jude
como nosso guia nessa jornada, às vezes é difícil saber em quem confiar,
inclusive na protagonista, que nem sempre sabemos se está, ou não, fazendo as
melhores escolhas.
Muitas perguntas permeiam essa obra: Jude, após conhecer o
poder, estará realmente disposta a entregá-lo ao seu irmão? Cardan, que não
queria ter a responsabilidade de ser Rei, poderia gostar do oficio, ou, ainda
mais chocante, se tornar um bom Rei?
Tudo pode ter começado com o plano de Jude de transformar
Oak em um justo e bom Rei para o trono de Elfhame, mas durante o livro tudo
caminhou por caminhos tão obscuros e diferentes do que poderíamos ter imaginado
que não faço a menor ideia do que pode acontecer no último livro da série.
"O Rei Perverso" engana os leitores a todo o
momento, mas no fundo queríamos ser enganados desde o começo, e os feéricos são
mestres em enganar os humanos, inclusive humanos leitores. Holly Black só pode
ser um deles. Que livro fantástico, que final poderoso e surpreendente. Me
deixou completamente sem ar, e louca para saber como será o fim... se é que feéricos,
seres imortais, conhecem o verdadeiro fim.
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Ainda está por aqui? Siga por sua conta e risco rsrs
Ok, Jude é a Rainha de Elfhame...
Ok, Cardan a exilou para o mundo dos mortais...
Posso gritar agora?
Que final foi esse?!?!?!?!?!
Ainda não consegui fazer o meu coração parar de palpitar.
Não consigo entender as reais intenções de Cardan. Meu coração diz que isso
tudo é para proteger Jude de alguma forma, mas será mesmo?
Reli algumas de suas frases apenas para fazer uma análise
mais minuciosa, se ele disse algo em algum momento que pudesse ter uma
interpretação diferente do carinho, respeito e confiança que ele tinha pela
mortal, mas ainda estou tentando encontrar uma explicação.
Obviamente que Cardan está começando a gostar de ser Rei, e,
honestamente, ele até pode ser um bom Rei. Poderoso para isso ele é,
obviamente, conforme demonstrou no final do livro, mas o que pode justificar
uma atitude tão controversa?
Preciso do livro "A Rainha do Nada" para ontem.
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