Autora: Nana Pauvolih
Editora: Valentina
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Se existe uma personagem que foi maltratada pela vida, de
todas as formas possíveis, seu nome é Angelina.
Ela perdeu a mãe ainda criança e o pai desapareceu.
Encontrou em uma vizinha uma mãe verdadeira, mas ela também foi levada pela
vida. A única pessoa que sobrou foi sua melhor amiga e irmã de criação, Lila. O
único momento realmente bom de sua vida, quando ela achou que finalmente seria
feliz, desmoronou como areia no deserto.
Morar com um namorado incrível como Adriano deveria ser
perfeito, até que a sua doença começa a ser demais para ele. Angelina sofria de
artrite reumatoide, uma doença que a impedia de andar sem muletas e a fazia
sentir dores terríveis, principalmente durante suas crises.
A separação foi terrível, marcou seu coração e sua alma
profundamente, a lembrando sempre de não deixar nenhum outro homem entrar em
sua vida, pois aquela situação seria demais para qualquer um. Mesmo que
demorasse, em algum momento, "ele" veria o fardo que Angelina seria
em sua vida e a deixaria.
Ela não aguentaria passar por algo assim novamente. Era
melhor viver sua vida pacata, trabalhando com suas traduções, saindo de casa
apenas para a fisioterapia e seguindo com o seu coração seguro.
Seu plano seria perfeito, se Valentim não surgisse em sua
vida. Jovem, lindo, dono de uma academia, alguém que amava praia, esportes
radicais e sair com seus amigos a todo o momento. Totalmente o oposto do que
Angelina poderia ter em sua vida, se ela quisesse alguém em sua vida, mas, como
mandar no coração, quando ele coloca alguém perfeito para você em seu caminho?
Esse livro me fez suspirar de amor, me fez morrer de pena da
Angelina, ao mesmo tempo em que eu fiquei muito orgulhosa de sua força e
coragem. Também me fez odiar certos personagens e situações a ponto de me fazer
chorar de tanta raiva.
Nunca encontrei em um livro uma pessoa fechada para o amor,
que não queria mais se machucar, mas que tivesse um motivo tão forte e
compreensível quanto o dessa narrativa. A autora, Nana Pauvolih, não foi nem um
pouco gentil com a sua personagem.
Angelina tinha uma doença muito séria, com crises terríveis,
em que era preciso realmente ter muita coragem, muito amor envolvido, para
permanecer ao seu lado, cuidando dela nos momentos em que ela está mais
debilitada.
Valentim tem uma vida completamente oposta à realidade de
Angelina. Ela jamais poderia acompanhá-lo nas coisas que ele mais gostava de fazer.
Ele teria que abrir mão de muito para ficar ao seu lado, ambos tinham
consciência disso.
A história aqui não é apenas sobre o amor, mas o quanto uma
pessoa está disposta a abrir mão, ou a se esforçar além de seus limites, por
aquele que ama e o quanto essa mudança de vida pode desgastar uma relação que
mal começou.
Que história incrível! Estou completamente apaixonada.
Fiquei com o coração apertado durante quase toda a narrativa, torcendo para que
Angelina abrisse de verdade o seu coração, entendesse que ela tinha sim o
direito de ser feliz, mesmo com a sua doença. Alguém tão machucada, tão ferida
pela vida merecia nem que fosse um único momento de felicidade e amor.
"O dia em que você chegou" é uma obra romântica, linda, que trata o amor com a delicadeza que ele deve ser. Um amor puro, um amor que não enxerga limitações, barreiras ou diferenças. Um amor que realmente leva a sério os dizeres "na saúde e na doença", e nos faz levar esses personagens no coração até o fim... e além dele.
Ah, que linda resenha. Obrigada. ������
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